Ouvir falar de rimas é ouvir falar do doce ou amargo, pois há quem diga que a vida são como os poemas que devem ter rimas , a vida precisa ser rimada , nem sempre , a vida precisa de um contraponto, da beleza de um da beleza do outro do diferente . Musica soa como rima, porque por vezes remete a estados de espirito como o que " teach me tiger" me fez , me levou a casa dos meus avós maternos , dos passos de meus avós dançando e a vitrolinha tocando algum vinil bem antigo daqueles que dao estalinhos .´Ou ouvir uma musica japonesa que um amigo japones me mandou do 'joe hisaisi" acho que se escreve assim, se chama summer , é uma musica bonita faz agente pensar , como quando se tem musica de fundo no cinema, bom é uma musica de cinema né do filme 'kikujiro no natu' , isso me lembrou que tenho um curso de japones guardado em algum lugar do meu guarda-roupa ,não é nada facil falar japones e eu nao me arrisco vou deixar ele lá por mais uns tempos . O poema a seguir é do meu amigo Fernando Alves do Rio , soa exatamente com falta de rima . Porque pode parecer que foi escrito para alguem que morreu, mas ´não foi . Assim devem ser os poemas devem nos surpreender (e a vida também, se não for é porque você já morreu ) .

PRESENTE QUE MINHA AVÓ DEIXOU

Foi naquelas sombras que eu vi

Sem engano, sem erro

A aparição em carne de minha avó

Morta a longos 6 anos

Ela estava ali, a minha frentepelas sombras, mas iluminada

Como se o que me fizesse encherga-la fosse sua própria luz

Ela estava la, de roupa clara, não me deixando pensar

Apenas me deixara olhando para ela

Minha avó que tanto amei e amava ainda lá estava.

Por um minuto a minha cabeça ela invadiu

Pela minha vida nunca mais surgiu

Minha avó, minha vida, meu tesouro que tanto amei

Apareceu e me deu luz, me contornou o corpo

Por quase um minuto, nada disse porém

Apenas analizou e me deixou algo

Que eu até hoje não saberia explicar

Ela veio, para me ver, para matar a saudade

E me deixar um presente que só se deixa a quem ama profundamente!
FIM

(Fernando Alves )