Monday, July 24, 2006

O último dia atrás do armário

Olhar tudo em volta
a cerca da casa acerca do que passou
sereno em baixo das plantnhas
e a terra com gosto de abobora
lacre de iogurte com gosto de morango
vermelho sangue, sangue com gosto metálico
Abóbodas vermelhas e frisos tortos
da constrção de um dia perfeito .
Um acorde com sétima maior
e por acaso você sabe quantos ainda faltam
conte os pássaros vindo comer na cozinha
Eles assaltam o que sobra
e para eles é o que sustenta
Tiraram lhes as plantações e pusseram pratos sujos
fazem o mesmo com os seres humanos
Se encontre no resto
Como uma ilha das flores
como um acorde diminuto soando fora do lugar
como uma chuva em pleno diluvio
Como minha surpresa ao ver de trás do armario
um dia escondido
fora das contas do ábaco ,
da tabuada azul , que decorava .
Faltava um ,
nas contas do Erick
faltava um nas contas do meu avô
faltava um no dia em que chorei de alegria
faltava um quando o peito rescendia de desejo e amor ,
faltava um quando o mundo precisava ser mudado
e ninguem fez nada
absolutamente nada
porque se fizesse , acredetitariam que nao seria nada
mas um dia faz falta ?
um dia a mais quando se perde um amor querido
amor que parece que nunca vai se apagar ,
gente que nunca vai ter necessidade de dizer adeus
adeus
alguem disse
Falta um hoje para que me entenda
falta um para que faças silencio
e percebas o gemido do teu dia a esmo
escondido ,
brincando de esconder atras do sofá
das plantas do jardim.

1 comment:

Anonymous said...

Que lindo... como sempre. ^^
Ô menino, quisera eu que minha inspiração não se perdesse, como a sua...!
Também, com uma lua daquela e um pé de acerola do lado... :)
Bjão, Lan!