Tuesday, March 28, 2006

O silêncio do desespero

Estava em um Show de uma banda de Rock Cristão olhava a sua volta como quem buscava um ponto familiar, um sorriso costumeiro, e encontra . Uma garota que ele mesmo fazia parte de esquecer, ele vê e percebe que ela apresenta para ele palavras que traziam boas recordações , ela olhava o show como quem via pela primeira vez .A mocinha veio lhe falar de algum tempo atrás um certo retiro em que ele havia participado como um grilo falante, ela lembrava que ele dizia naquela época sobre um livro interessante, que por sinal era um livro do John Powell . Em um estalo ele se viu naquela tarde bonita em um sítio não muito longe da cidade, o nome de uma atriz foi dito, a mesma atriz que ele contou em suas palavras naquela época, a atriz havia morrido por falta de amor, ela tinha tudo mas não tinha nada, seria uma mulher feliz, não fosse a regra que a felicidade é parte do caminho, mas é o caminho em si .
Depois de um certo tempo, talvez um ano, na tv uma artriz de grande prestígio aparece na entrada do seu prédio, sem vida, imóvel. Pular de um prédio é uma formula de misturar desespero profundo X serenidade . Pois bem , imagine você em um parque de diversão sentado no brinquedo que mais te atemoriza, agora junte esse sentimento, ouvindo o "trinc trinc" do brinquedo começando a andar, e seu despero eminente, logo após uns 20 minutos de desespero vem o conforto da parada, o fim da reta . As pessoas pagam para irem a brinquedos movidos a adrenalina, mas não esqueça do desespero. Agora imagine pulando de um prédio, um "Boguin-jump" sem cordas.
O desespero é maior, muito maior que o seu brinquedo porque nao se sabe onde é o fim, quando o brinquedo no parque para agente sabe que aquilo é o fim, mas e em uma queda de em prédio de 15 andares ?Penso que deve aparecer uma vontade de gritar muito e depois se cala, mesmo sem querer . Existem os últimos barulhos o sangue desesperado e jorrando numa velocidade tremenda ( isso dentro da pessoa), existem estudiosos que dizem que a alma fica uns 5 minutos observando seu corpo e buscando entendimento . Como eles podem dizer isso eu não sei , nenhum foi até tão longe e voltou, mas o que posso dizer é o desespero dos vivos, desse desespero que nos cerca , um grande escrito Americano dizia que "o homem vive em silêncioso desespero" . Thoreau estava certo,é o que aconteceu com a atriz, os olhos das duas mulheres citadas aqui só viram a parte sombria da vida, ninguem no mundo inteiro soube falar com as palavras que elas precisavam ouvir, precisavam de algo que ninguem havia lhes dado . Só enxergaram o que era desespero, o que era riqueza mas não o que lhes dava sentido, não o tipo de amor que elas gritavam num silêncio profundo .
Foram ao supermercado e compraram tudo menos o único item que estava em falta . Abrir o coração e pensar no outro com simplicidade, no outro despido da couraça que os olhos dos que vêem fazem, o mal está la fora .
O mal está la fora .

2 comments:

ML said...

Nossa Alan, que texto lindo. Li há uns dias e não soube abstrair muito bem, acho que li com pressa, agora o li de novo, com mais calma, e o achei muito bonito... :) Beijos, My.

Unknown said...

Abrir o coração, algo que se faz de dentro pra fora, mas alguém precisa bater na porta.
Sempre alguém bate, será que não escutam?
Beijos
Tha